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O que Warren Buffret ensina sobre reputação

Categoria(s): Comunicação, Reputação

08.out.2025

Por Ricardo Voigt, CEO da V3COM

Warren Buffett, um dos maiores investidores da história, antecipou há décadas uma visão que hoje se consolida como prioridade estratégica nas empresas. Por 25 anos, enviou a mesma carta de uma página aos gestores da Berkshire Hathaway com um lembrete direto e definitivo:

“Podemos nos dar ao luxo de perder dinheiro, até muito dinheiro. Mas não podemos nos dar ao luxo de perder reputação, nem um fiapo de reputação.”

Essa frase, que se tornou um mantra entre líderes conscientes, encontra respaldo nos dados mais recentes. Segundo o relatório Approaching the Future 2025, da Corporate Excellence, 61% das empresas globais já consideram a reputação seu ativo intangível mais valioso. Na América Latina, esse número sobe para 73,7%. A mensagem é clara: reputação deixou de ser consequência, e passou a ser estratégia.

Em tempos de IA generativa, ESG e disrupção tecnológica o verdadeiro diferencial competitivo não é tecnologia ou escala, é confiança. E confiança nasce da reputação. Esse pensamento se tornou um mantra entre líderes que compreendem que reputação não é acessório, é alicerce. E talvez uma das mais poderosas lições de liderança corporativa.

Na V3COM temos vivido isso todos os dias. Marcas que investem em reputação colhem resultados que vão muito além da comunicação: atraem talentos, conquistam investidores, criam comunidades, geram valor. E, acima de tudo, sobrevivem às crises.

Reputação não se constrói com likes. Constrói-se com estratégia, coerência e constância. É por isso que investimos em comunicação estratégica como ferramenta de reputação.

Jeff Bezos resume bem! “Sua marca é o que as pessoas dizem sobre você quando você não está na sala.” E eu acrescentaria: reputação é o que permanece quando o marketing acaba. É o que sustenta a marca quando o produto falha, quando a crise chega.

Reputação é construída nas decisões do conselho de administrração. Nas decisões difíceis. Na forma como nos conectamos com colaboradores, clientes e parceiros. E, principalmente, na coerência entre o que dizemos e o que fazemos. Walk the talk.

Líderes têm um papel central na construção da reputação. É preciso trazer a comunicação para esse board, e não apenas delegá-la. Só assim é possível materializar os valores da marca e tomar decisões que resistam ao teste da transparência. Como Buffett diz: decisões que poderiam estar na primeira página de um jornal nacional, escritas por um repórter inteligente e crítico.

Porque, no fim das contas, como ele mesmo afirma, dinheiro se recupera. Reputação, não.

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